Iniciou-se com uma intervenção de António Minhoto, Presidente da Associação #Ambiente em Zonas Uraníferas#, que organizou o colóquio.Fez um balanço das lutas passadas, desde o apoio aos ex-trabalhadores das minas à denúncia do estado de irresponsabilidade em que estavam (e em grande parte continuam) as minas e áreas mineradas. Referiu o empenho que por Nisa, para que não aconteça o mesmo, a A.Z.U. (em articulação com o M.U.N.N.) tem mantido, e perspectivou as futuras actividades da A.Z.U.Seguiu-se Marisa Matias, investigadora do CES/Universidade de Coimbra, que apresentou com detalhes saborosos a sua tese de doutoramento que teve por centralidade as questões sociais e ambientais das minas de urânio e investindo na sua actual função política (é deputada no Parlamento Europeu, eleita pelo B.E.) mostrou disponibilidade para continuar o apoio nas lutas pela recuperação dos espaços ou preservação destes em lógicas de sustentabilidade.Paco Castejon, de Ecologistas en Accion apresentou um “powerpoint” sobre os problemas globais do ciclo do urânio e o, actualmente, problema maior que é o projecto de concentrar os resíduos intratáveis e perpétuos desta actividade industrial num só local, e as gravíssimas consequências que isso pode ter, os cemitérios nucleares.A solidariedade ibérica na luta será importante e nesta reunião iniciou-se a preparação do II Encontro Ibérico sobre o Urânio.Finalmente António Eloy concluiu a sessão, que há que referir se prolongou por mais de 3 horas e foi muito participada pelo público presente, com a desmistificação e a re-leitura de alguns factos sobre política energética e referências sobre os desenvolvimentos de energias renováveis no nosso país.Contrariar o urânio é também defender a eficiência e sustentabilidade.