26 de Novembro de 2011 – 9,45 horas
Seminário: Efeitos na Saúde dos trabalhadores da Exploração de Urânio em Portugal
26 de Novembro de 2011 – 9,45 horas
MANIFESTAÇÃO PELO ENCERRAMENTO DA CENTRAL NUCLEAR DE ALMARAZ, JUNTO AO RIO TEJO, EM ESPANHA
Pelo encerramento da Central de Almaraz
Uma vez mais a Quercus vai juntar-se a diversas associações ecologistas e movimentos espanhóis que lutam pelo encerramento desta central nuclear, que fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 km da fronteira com Portugal.
A Central de Almaraz tem tido incidentes com regularidade, existindo situações em que já foram medidos níveis de radioactividade superiores ao permitido. Portugal pode vir a ser afectado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente. Para além disto, Portugal não revela estar minimamente preparado para lidar com um cenário deste tipo, pelo que a acontecer um acidente grave, isso traria certamente sérios impactes imediatos para toda a zona fronteiriça, em especial para os distritos de Castelo Branco e Portalegre.
Em Almaraz, acidentes como o ocorrido em Maio de 2008, que obrigou à evacuação do pessoal do recinto de contenção e onde foram libertados cerca de 30 000 litros de água radioactiva que após tratamento teve que ser libertada no rio Tejo, apenas vêm reforçar a importância de se proceder ao encerramento desta central, que ultrapassou já o seu período normal de vida. Com efeito, esta Central, que está já a funcionar desde o início dos anos 80, acabou por não encerrar na data prevista – Junho de 2010 - devido ao facto do Governo Espanhol ter, contrariamente às anteriores intenções, prolongado o prazo de funcionamento da Central por mais 10 anos, até Junho de 2020.
Num ano marcado pelos 25 anos do acidente na Central Nuclear de Chernobil e pelo grave acidente, ainda não resolvido, ocorrido na Central Nuclear de Fukoshima, no Japão, a Quercus manifesta desde já grande preocupação com este prolongamento do prazo de funcionamento da Central Nuclear de Almaraz e exige que o Governo Espanhol cumpra com as suas promessas de abandono gradual da energia nuclear e tome a decisão de encerrar esta Central a curto prazo.
O programa de dia 17 de Setembro
A manifestação pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz terá início às 11.00h (hora de Portugal) na Plaza Nueva, em Almaraz, prosseguindo depois, num percurso a pé até à Central Nuclear de Almaraz, ao longo de cerca de uma hora e meia.
Esta manifestação contará com a participação e apoio das seguintes organizações: Plataforma Antinuclear Cerrar Almaraz, Plataforma Refinería No, Plataforma Cementerio Nuclear No, Ecologistas en Acción Extremadura, ADENEX, Quercus, Fapas, LPN, CAC-CGT, Esquierda Anticapitalista, Juventudes Comunistas, Izquierda Unida, CNT, PCEX, Associacion juvenil El Garabato, Sodepaz e Grupo Retama.
Lisboa, 16 de Setembro de 2011
A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Para mais informações contactar:
Nuno Sequeira, Presidente da Direcção Nacional, telemóvel 93 778 84 74 (em Almaraz)
Francisco Ferreira, Vice-presidente da Direcção Nacional, telemóvel 93 778 84 70 (em Lisboa)
José Janela – Presidente do Núcleo Regional de Portalegre, telemóvel 96 020 70 80
O Mal da Mina
“O Mal da Mina” retrata o grave problema de saúde da população da Urgeiriça, (concelho de Viseu) e da zona envolvente – o cancro no pulmão e na tiroide.
A Urgeiriça foi terra de mineiros. A exploração e tratamento de urânio (minério radioativo) enriqueceu muita gente, mas também matou muitos trabalhadores e até familiares. Apesar da Empresa Nacional de Urânio ter encerrado em 2004 muitas pessoas continuam a adoecer com o mesmo mal.
O contacto com este minério não se limitava à mina, uma vez que o material radioativo ficou espalhado por toda a região (na via pública; nas casas; em aterros).
No entanto, a descontaminação da zona está longe de estar terminada.
“O Mal da Mina” é uma reportagem de Mafalda Gameiro com imagem de António José Fernandes e edição de António Antunes. A produção é de Amélia Gomes Ferreira.
Veja o video aqui.
3ª Mobilização Ibérica de Cidadãos em Defesa do Tejo
ACÇÃO DE PROTESTO CONTRA OS TRANSVASES
Acção em defesa do Tejo
Domingo, 19 de Junho realizar-se-á uma acção conjunta organizada pela Rede de Cidadãos para uma Nova Cultura da Água no Tajo / Tejo e Rios. A finalidade desta acção é denunciar a falta de fluxo, a poluição da água, degradação da área do rio, a política de transferências e da falta de informação e falta de participação pública. A bacia do rio Tejo deve ser o elemento integrador em torno do qual se articulam os modelos de desenvolvimento económicos das suas populações. Mas para atingir este potencial é essencial para fomentar uma cultura de respeito, conhecimento e fruição deste património.
Praia fluvial do Alamal sem bandeira azul em 2011
1º Os anos hidrológicos com maior incidência da seca e nos quais se verificou o incumprimento dos caudais ecológicos da Convenção de Albufeira foram os anos de 2004/05, 2005/06 e 2008/09.
Por este motivo os caudais ecológicos insuficientes influenciaram no passado a qualidade da água na praia fluvial do Alamal e contribuiram para que perde-se a bandeira azul nos anos de 2006 e 2008.
2º A perda da bandeira azul este ano, 2011, reporta-nos a uma nova realidade visto que apesar das elevadas precipitações ocorridas e aos maiores caudais que fluem no rio Tejo constata-se que ainda assim não estão a ser capazes de diluir a poluição vertida no rio que se pressupõe que estará a aumentar.E dizemos pressupõe porque o relatório sobre a aplicação da Convenção de Albufeira não contempla uma avaliação do bom estado ecológico da água (qualidade da água) que passa de Espanha para Portugal.
Mas é certo que a água que vem de Espanha entrando pela Barragem de Cedilho já vem muito poluída e concerteza estarão a aumentar os níveis de poluição e a colocar em risco a capacidade de Portugal cumprir com o bom estado ecológico das águas exigido pelas normas comunitárias.
Esta contaminação da água é resultado de descargas descontroladas e ilegais; a ausência ou insuficiência de sistemas de depuração de águas residuais; assim como a contaminação difusa derivada do excesso de fertilizantes e tratamentos na agricultura.
A escassez de caudais agrava significativamente os problemas de qualidade.
A este respeito, o Presidente do INAG, Orlando Borges, já afirmou que os caudais previstos na Convenção de Albufeira são insuficientes e que se não forem mais elevados "estamos fritos".
É necessária uma revisão da Convenção de Albufeira para a adaptar às exigências da DQA. Concretamente, esta revisão deverá contemplar:
• A adopção do regime de caudais ecológicos contemplados na directiva quadro na Convenção de modo a que contribuam para alcançar os objectivos de bom estado ecológico que devem orientar os novos planos de gestão da bacia de ambos os lados da fronteira.
• A incorporação de critérios de qualidade no regime de caudais que passam de Espanha para Portugal. Estes parâmetros de qualidade são fundamentais para garantir o cumprimento dos objectivos da DQA de ambos os lados da fronteira
• Supressão da reserva de 1.000 hm3 para transvases do Tejo prevista no Convénio, visto que não existem esses excedentes na bacia hidrográfica do Tejo. A existência desta reserva limita uma gestão integral da bacia com base em critérios de sustentabilidade.
Junho de 2011 | proTejo | Rede do Tejo
Energias Sem Fim
Na semana do 25º aniversário do acidente da central nuclear de Chernobil e quando ainda não se conhece a extensão definitiva do acidente da central nuclear de Fukoshima, é importante reflectir sobre o nuclear e simultaneamente pensar alternativas energéticas sustentáveis.
Nesse sentido irá ser exibido o documentário “Energias Sem Fim”, seguido de um debate público.
Na iniciativa irão participar:
António Eloy, CEEETA
António Minhoto, AZU,
Gabriela Tsukamoto, Município de Nisa
Miguel Manzanera, Plataforma Ciudadana Refinería No
Nuno Sequeira, Direcção Nacional da Quercus
Paca Blanco Diaz, Plataforma Antinuclear Cerrar Almaraz,
Paco Castejón, Fisico Nuclear
Paulo Bagulho, Movimento Urânio em Nisa Não
A iniciativa decorrerá no cine-teatro de Nisa, pelas 21h00, com entrada gratuita.
Santa Teresa ( Brasil) no foco do mundo nuclear
Uma surpresa será a première mundial de um filme sobre a mineração de urânio em Caetité, que está sendo produzido agora.
Marcia: "Estes filmes que já recebemos garantem um grande evento no Rio de Janeiro com várias première da América Latina. Vivemos num momento de grandes mudanças mundiais. A questão da energia é fundamental para a sobrevivência das sociedades e da vida de nosso planeta. O festival vai ser uma semana de reflexão sobre a política nuclear no mundo e no Brasil." O Governo Dilma Rousseff anunciou a construção de até 50 usinas nucleares no Brasil e isto precisa de uma discussão, uma participação da sociedade brasileira.
No momento, a produção do festival está selecionando os filmes que irão ser exibidos de 21 até 28 de maio no Rio de Janeiro e em junho em São Paulo (Centro Cultural Matilha). Já são selecionados os primeiros 10 filmes: "Uranium Road“ da África do Sul do diretor Theo Antonio sobre a indústria nuclear da África do Sul; “The Return of Navajo Boy” dos EUA com o diretor Jeff Spitz sobre a mineração de urânio no território do povo indígena navajo; “Fight for Country” da Austrália do diretor Pip Starr sobre a luta dos aborígenes e ambientalistas contra uma grande mineração de Urânio no norte de Austrália; “Uranio 238: La Bomba Sucia del Pentágono” de Costa Rica do diretor Pablo Ortega sobre a munição radioativa que os Estados Unidos estão usando nas guerras na ex Iuguslávia e Iraque; “Yellow Cake. Die Luege von der sauberen Energie” da Alemanha do diretor Joachim Tschirner que desmascara a grande mentira da indústria nuclear de ser uma "energia limpa". “Uranium” do diretor canadense Magnus Isacsson sobre a poluição radioativa feita pelas minas de urânio no Canadá. “Project of Decay” de Suécia do diretora Klara Sager sobre o povo indígena samen do norte da Suécia que sofre até hoje por causa do desastre nuclear de Chernobyl em 1986, embora viverem 5 mil quilometros longe da Ucrânia; “Into Eternity” do diretor dinamarquês Michael Madsen sobre a questão do lixo altamente radioativo das usinas nucleares; “Hiroshima - a Film of Human Survival” da EUA/Japão do diretor David Rothauser sobre os sobreviventes da primeira bomba atômica dos Estados Unidos jogada na cidade japonesa de Hiroshima no final da 2ª Guerra Mundial; “U: Uranium” um filme dos EUA sobre os efeitos graves da mineração de urânio na área indígena dos Navajo em Nuevo Mexico e Arizona da diretora Sarah Del Seronde.