Inscrições abertas para o 1º Festival sobre Energia Nuclear no Mundo Lusofônico

Estão abertas as inscrições de curtas e longas-metragens para o URÂNIO EM MOVI(E)MENTO, o 1º Festival Internacional de Filme sobre Energia Nuclear na América Latina, que acontece de 21 a 28 de maio, no Rio de Janeiro, e 02 a 09 de junho, em São Paulo. URÂNIO EM MOVI(E)MENTO se propõe a mapear, exibir e divulgar filmes documentário ou de ficção (baseado em fatos reais) que abordem osaspectos do ciclo nuclear; prospecção e mineração de urânio e outros minerais radioativos; acidentes nucleares ou com materiais radioativos; povos afetados pelas instalações ou projetos da indústria nuclear. Para esta 1ª edição do Festival serão aceitas produções independentes realizadas em qualquer período, sem restrições à data de produção.

As incrições são gratuitas e os interessados devem ficar atentos às regras do edital publicado no site www.uraniumfilmfestival.org. O DVD multirregião do filme para seleção deverá estar na sede do Festival até o prazo final de 20 de janeiro de 2011.

Contato Festival:

Urânio em Movi(e)mento

Márcia Gomes de Oliveira

(Coordenadora Geral)

Rua Monte Alegre 356, Apt. 301

Santa Teresa

Rio de Janeiro / RJ

CEP 20240-190

Email:

info@uraniumfilmfestival.org

Tel: 21 - 2507 6704



CENTRAL NUCLEAR NO TEJO REPRESENTA RISCO PARA LISBOA


Decorreu no dia 2 de Outubro de 2010, no Auditório da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESA/IPCB) uma Conferência Internacional de Protecção Civil Risco Tecnológico Nuclear, subordinada à temática do Risco Tecnológico Nuclear. Este tema não tem sido debatido, apesar da Central Nuclear de Almaraz em Espanha se situar num afluente do Rio Tejo, a pouco mais de 100 km da fronteira em linha recta. Realçamos a comunicação, de que em caso de catástrofe, tomando como cenário um terramoto na zona de Almaraz, aporta um risco de inundação que poderia advir do rebentamento da Barragem de Cañas e consequente galgamento da Barragem de Cedillo, provocando inundações desde em Vila Velha de Rodão até á Barragem do Fratel e no súbito aumento da linha de cota para 185m nas Portas de Rodão, obrigando à evacuação de algumas pessoas. Fica por responder a seguinte questão: a Barragem do Fratel e de Belver aguentariam tais cargas?

Risco nuclear em análise

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco realiza, no dia 2 de Outubro, uma Conferência Internacional de Protecção Civil sob o tema “Risco Tecnológico Nuclear”.
De entre muitos especialistas da área, em Castelo Branco vai estar presente o chefe da Protecção Radiológica e Meio Ambiente da Central Nuclear de Almaraz (província de Cáceres), que é refrigerada pelo rio Tejo. A conferência é organizada pelo Núcleo de Protecção Civil da ESA/IPCB
16.09.10
Reconquista, Castelo Branco

O património do Tejo, paisagem cultural a preservar



A Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARHTejo) e a Sociedade de Geografia de Lisboa promoveram em Vila Velha de Ródão, no dia 1 de Julho de 2010, na Casa das Artes e Cultura do Tejo, uma sessão debate sobre o rio “Património do Tejo”. Maria do Carmo Sequeira, presidente da Câmara Municipal de Vila Velha do Ródão, Luís Aires Barros, presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, e Manuel Lacerda, presidente da ARH do Tejo, integraram a mesa da sessão de abertura. Este evento teve como finalidade realçar o Tejo como sinónimo de património, definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade, tendo associada uma dimensão patrimonial quase incomensurável. Neste domínio, pretende-se promover uma candidatura transnacional do Tejo Ibérico a Património Universal, mas “se não tivermos recursos hídricos de qualidade não teremos património natural” foram as palavras do Almirante José Bastos Saldanha primeiro orador que apresentou o tema “Tejo, Património da Humanidade um sonho” e o conceito de paisagem cultural aplicável ao Tejo. Também esteve presente Galopim de Carvalho, o bem conhecido geólogo alentejano de Évora que já percorre e estuda esta região há mais de quarenta anos, que levou os participantes a viajar pelo tempo defendendo a ideia de que o Tejo “corria para dentro” algures num vale em Espanha onde encontrava uma outra linha de água que é agora o montante do rio, cuja comunicação com o mar se iniciou há 23 milhões de anos, declarando que o nome do lugar de Seixal vem das cristas quartzíticas, como a que percorre as portas de Ródão, e que o gargalo do Tejo (parte final e mais estreita do estuário) é muito recente, com cerca de 1 milhão de anos. Fernando Catarino falou-nos do Tejo dos poetas, de Fernando Pessoa e de Alexandre O'Neill, e da biodiversidade do Tejo tendo afirmado que “se castrarmos o Tejo com barragens irá parecer um caldo verde”, “a azinheira marca a paisagem, faz solo e suporta gados e gentes, nomeadamente, o javali”, tendo também solos extremamente ácidos onde predominam as oliveiras, amendoeiras, o zimbro e o tamujo, ideais para campos magros. No espaço de debate questionou-se se em vez de empregar o termo “explorar os recursos do Tejo” não se deveria falar em “utilizar os serviços do ecossistema”. O Tema “Comunidades aquáticas e qualidade ecológica da rede fluvial do Tejo” foi apresentado por João Oliveira e Teresa Ferreira do CEF / Instituto Superior de Agronomia que realçaram que o valor pesqueiro do rio é a melhor ferramenta para fazer a avaliação do seu estado ecológico. A avaliação efectuada por estes académicos utilizou sete espécies piscícolas, das quais ainda existem seis, tendo concluído que na zona mais próxima da fronteira a situação ecológica agrava-se por acção das barragens e da contaminação das águas, que atinge o estado de eutrofização, mas foi considerada uma situação recuperável. A título de exemplo, das dificuldades colocadas às espécies piscícolas foi mencionado que a enguia não consegue chegar a lugares do interior e que as passagens para peixes estão com uma eficiência de apenas 44%, não existindo informação quanto ao impacto do açude de Abrantes. Algumas frases do Painel sobre património arqueológico e histórico do Rio Tejo: A desertificação de algumas áreas tem melhorado localmente a qualidade ecológica. A sobrevivência de um modo de vida (permanecer no interior) significa bem-estar cultural e não atraso. O gelo vindo da Serra da Estrela chegava às cortes de Lisboa partindo das Portas de Ródão acondicionado em palha, motivo pelo qual a entrada do rio Tejo em Lisboa ainda hoje é nomeada como “mar da palha”. Os últimos elefantes da região existiram em Vila Velha de Ródão. O prémio Nobel José Saramago Nasceu na borda do Tejo. O rio era utilizado como via de transporte de pessoas e carga, mas pouco se sabe sobre transporte de madeira. O Tejo e o Tajo vêm do latim Tagus, tendo surgido pelo facto dos árabes presentes na província não conseguirem pronunciar o “G”. No debate defendeu-se que deveria existir uma agência Ibérica que defenda o rio, regule os caudais ecológicos e os tranvases visto que o Convénio da Albufeira não tem vindo a ser devidamente aplicado. É notório que as principais autoridades da administração central e local e da academia ligadas à geografia, geologia, biologia, cultura, pesca, bem como os utilizadores e as populações ribeirinhas, já todos se deram conta do estado do rio Tejo que se encontra numa profunda crise de qualidade e quantidade de água, estagnado e poluído pelos interesses económicos da venda de água para a agricultura e para a produção de energia, fundamentalmente em Espanha. Será que agora vamos ter um apoio generalizado das instituições da sociedade portuguesa e uma acção conjunta com o Governo português para mover rios e montanhas para conseguirmos fazer ver ao Governo espanhol que a melhor opção será contruir progressivamente alternativas aos transvases com o apoio de programas comunitários e da Comissão Europeia? A ver vamos! Foi anunciado que está prevista a realização de uma segunda sessão “Património do Tejo” no final do ano, possivelmente em Outubro, altura em que também decorrerá uma caminhada pedestre ao longo do rio Tejo de Lisboa até à fronteira em Cedilho, e talvez continuando por Espanha, inaugurando um percurso que a ARH Tejo pretende que seja uma “Grande Rota do Tejo” com “caminhos de pé posto, o mais dependente possível das margens do Tejo, segundo as regras e simbologia internacionais” (InfoTejo n.º5 de Junho de 2010/ARH Tejo).

SESSÃO DE DEBATE "PATRIMÓNIO DO TEJO"

Tejo é sinónimo de património. Sabendo que património é definido como um bem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade, o Tejo tem associada uma dimensão patrimonial quase incomensurável. É sobre este tópico que a ARH do Tejo I.P. e a Sociedade de Geografia de Lisboa promovem em Vila Velha de Rodão, na Casa das Artes e Cultura, uma Sessão Debate.

Ana Catarina Lopes Telefone: 211 554 852 Endereço electrónico: ana.lopes@arhtejo.pt Inscrições gratuitas. Número de inscrições limitado aos lugares disponíveis.Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

Veja o cartaz aqui.

Realizou-se o colóquio “As questões do Urânio” na tarde do dia 22 em Nelas.

Iniciou-se com uma intervenção de António Minhoto, Presidente da Associação #Ambiente em Zonas Uraníferas#, que organizou o colóquio. Fez um balanço das lutas passadas, desde o apoio aos ex-trabalhadores das minas à denúncia do estado de irresponsabilidade em que estavam (e em grande parte continuam) as minas e áreas mineradas. Referiu o empenho que por Nisa, para que não aconteça o mesmo, a A.Z.U. (em articulação com o M.U.N.N.) tem mantido, e perspectivou as futuras actividades da A.Z.U. Seguiu-se Marisa Matias, investigadora do CES/Universidade de Coimbra, que apresentou com detalhes saborosos a sua tese de doutoramento que teve por centralidade as questões sociais e ambientais das minas de urânio e investindo na sua actual função política (é deputada no Parlamento Europeu, eleita pelo B.E.) mostrou disponibilidade para continuar o apoio nas lutas pela recuperação dos espaços ou preservação destes em lógicas de sustentabilidade. Paco Castejon, de Ecologistas en Accion apresentou um “powerpoint” sobre os problemas globais do ciclo do urânio e o, actualmente, problema maior que é o projecto de concentrar os resíduos intratáveis e perpétuos desta actividade industrial num só local, e as gravíssimas consequências que isso pode ter, os cemitérios nucleares. A solidariedade ibérica na luta será importante e nesta reunião iniciou-se a preparação do II Encontro Ibérico sobre o Urânio. Finalmente António Eloy concluiu a sessão, que há que referir se prolongou por mais de 3 horas e foi muito participada pelo público presente, com a desmistificação e a re-leitura de alguns factos sobre política energética e referências sobre os desenvolvimentos de energias renováveis no nosso país. Contrariar o urânio é também defender a eficiência e sustentabilidade.


Colóquio " As Questões do Urânio"


A Associação Ambiental AZU, tem vindo ao longo dos últimos anos a centrar a sua actividade na defesa do Ambiente, nomeadamente em questões que dizem respeito ao abandono das Minas de Urânio.

No entanto, esta Associação tem vindo a marcar uma posição activa e pertinente noutras situações, nomeadamente na defesa dos rios e seus afluentes e o Rio Mondego tem, neste âmbito, vindo a ser defendido com grande empenho por esta Associação, bem como a Ribeira da Pantanha, sua Afluente.

Após a recuperação ambiental da Barragem Velha da Urgeiriça, principal poluidora, ficámos convencidos que a poluição, que lhe estava associada, teria terminado ou simplesmente tinha sido reduzida. Foi nosso o espanto, quando irrompeu nas águas da Ribeira um manto de espuma. Confirmando tal situação, a AZU denunciou-a junto da Comunicação Social e apresentou, junto dos organismos competentes, a sua respectiva queixa. Contudo, esta iniciativa viria a merecer, em 2008, um ataque lamentável, por parte do actual vice-presidente da Câmara Municipal de Nelas, contra a AZU e seu presidente.

Dois anos após a queixa da AZU, para que a Ribeira da Pantanha não fosse alvo de tal atentado ambiental, novamente a referida Ribeira e, por extensão, o Rio Mondego foram poluídos por resíduos poluentes, a espuma branca e mal cheirosa reapareceu nas suas águas.

A direcção da AZU tentou identificar a origem da poluição, tendo sinalizado a Borgsten como estando na origem desta poluição. Solicitámos uma reunião à referida empresa, o que viria acontecer no dia 28 de Abril de 2010. Nesta reunião, a AZU apresentou as suas razões de descontentamento e intolerância para com esta situação, tendo recebido, por parte dos responsáveis da referida empresa, o melhor acolhimento para as nossas preocupações e vontade de resolver este problema, bem como todo o seu empenho na resolução do problema e, por consequência, assumir o compromisso em deixar de poluir, como prova disso informou ter contratado uma nova empresa responsável pela ETAR, pelo tratamento das águas, bem como o compromisso de utilização de novos métodos nos equipamentos e da duplicação das bombas.

Esta empresa comprometeu-se ainda com a direcção da AZU que, caso não se viesse a conseguir resolver o problema, o último recurso seria a deslocalização da linha de produção originária deste problema para outra dependência do grupo, solução essa, que não iria alterar em nada o futuro e crescimento da Borgsten em Nelas.

Entende a AZU que existe, por parte da empresa em questão, uma grande preocupação em acabar com a situação descrita e a prová-lo são as alterações feitas, no entanto, lembramos a mesma que, desde 2008, esta situação se tem vindo a arrastar e a agravar, infringindo as normas ambientais contempladas e cujas infracções são punidas por lei.

Estamos esperançados, em face de todas as preocupações da empresa e das medidas tomadas, de que a situação será resolvida, acabando com a poluição.

Serve para informar todos aqueles que se têm preocupado com esta situação, que a AZU continuará a seguir o problema e que tomará todas as medidas, caso o assunto não fique resolvido rapidamente, como foi prometido pela Borgsten.

Viseu, 6 de Maio de 2010

A Direcção da AZU - Associação Ambiental



9 de Maio de 2010 - A vogar contra a indiferença



A actividade "Vogar Contra a Indiferença - Pelos nossos rios, pelo nosso futuro" congregou cerca de 80 canoístas e 40 embarcações que desceram este domingo, dia 9 de Maio de 2010, o rio Tejo desde a barragem de Cedilho ao cais fluvial de Vila Velha de Ródão, numa ação que juntou portugueses e espanhóis em defesa de uma gestão sustentável do rio.

Em Vila Velha de Ródão, algumas centenas de pessoas aguardavam a chegada das canoas para ouvir a leitura de uma Carta Contra a Indiferença, documento no qual o proTEJO e as restantes organizadoras do evento, apelam às autoridades competentes, a nível internacional, nacional, regional e local, que defendam o rio Tejo e os seus alfuentes.

Exige ainda “o cumprimento da Directiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado das águas do Tejo", a monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ambientais, a recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água.

A concepção de um projecto de desassoreamento do rio, que permita a sua navegabilidade, a garantia da qualidade e quantidade de água do rio Tejo e dos seus afluentes, a restauração do sistema fluvial natural e o seu ambiente e a valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo são outras reivindicações.

A actividade "Vogar Contra a Indiferença" foi organizada pelo movimento proTEJO e pelas associações, a Adenex (defesa da natureza e recursos da Extremadura), a AZU (ambiente em zonas uraníferas), a ASA (Salavessa viva), o MUNN (movimento urânio em Nisa não), a Quercus e a CerciZimbra.A iniciativa contou ainda com o apoio da Associação de Estudos do Alto Tejo, do Geopark Naturtejo, da Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo, da United Photo Press/2010 - Ano Internacional da Biodiversidade, e dos municípios de Nisa e de Vila Velha de Ródão.

A Carta realça que o Tejo é o elemento unificador de toda a bacia ibérica e das gentes ribeirinhas.

“As populações do Alto Tejo conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio que lhes foi generoso no passado e que será essencial no futuro”, sublinha.

Para este movimento, “a preservação do rio Tejo é um tributo que os cidadãos devem oferecer a este património, sendo urgente assegurar que o caudal do Tejo seja o que era antigamente, acabar com a poluição que mata os peixes e envenena o ambiente e as pessoas, criar canais de passagem para os peixes nas barragens e nos açudes e acabar definitivamente com a pesca ilegal”.

Acrescentam ainda que “neste futuro não têm lugar nem o Urânio nem o Nuclear, enquanto recursos energéticos insustentáveis do ponto de vista do desenvolvimento ambiental, social e económico, que colocam em risco a segurança dos cidadãos”.

RECONHECIMENTO DA DESCIDA DE CEDILHO A PORTAS DE RÓDÃO - 1 DE MAIO DE 2010

O reconhecimento foi feito rio abaixo no barco a motor do Sr. Fernando pescador quer acima e quer abaixo da Barragem de Cedilho.
A paisagem natural belíssima onde a rudeza da pedra se mistura com a verdejante natureza e com a fauna animal, com corvos marinhos, patos reais, entre outros, mostra da rica biodiversidade deste percurso.
Deixamos aqui esta pequena mostra de tudo aquilo que podem esperar da descida, um espectáculo da natureza.

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Mobilização Cidadãos pelo Tejo 9 de Maio de 2010

A iniciativa consiste numa descida em canoa que terá o seu início na Barragem de Cedillo, com paragem na margem do Tejo junto da Aldeia de Salavessa, no Concelho de Nisa, e cuja expedição tem como destino as Portas de Ródão, realçando a beleza deste património natural e cultural associado ao rio no domínio da geologia e da biodiversidade, onde culminará num almoço convívio.


Neste momento de convívio irá proceder-se à leitura da Carta Contra a Indiferença onde se evidencia a necessidade de defender o rio Tejo da sobre exploração da água devido aos transvases da água do Tejo para o sul de Espanha, da agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear, como sejam, os riscos de contaminação e poluição do rio Tejo face à eventual extracção de urânio em Nisa, à localização de cemitérios nucleares e à produção de energia nuclear na central nuclear de Almaraz.


Esta actividade é organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo, Associação Salavessa Viva (ASA), Ambiente nas Zonas Uraníferas (AZU), ADENEX - Asociación para la Defensa de la Naturaleza y los Recursos de Extremadura, CerciZimbra - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Sesimbra, Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN) e QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza.


Contamos ainda com o apoio institucional da Associação de Estudos do Alto Tejo, da Naturtejo Geopark, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo, da United Photo Press/ 2010 – Ano Internacional da Biodiversidade e dos Municípios de Nisa e de Vila Velha de Ródão e de Nisa.


Está prevista uma mobilização significativa de grupos de cidadãos de ambos os lados da fronteira, provando-se que a defesa dos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.

Mais informações em: http://movimentoprotejo.blogspot.com/

Relatório Programas de Monitorização Radiológica Ambiental (UPSR-A, nº33/09)

Unidade de Protecção e Segurança Radiológica - INSTITUTO TECNOLÓGICO E NUCLEAR, I.P. - MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Relatório

Na Figura I.8 estão representados os valores mensais das concentrações de actividade em 3H para os rios Tejo (V. Velha de Ródão, Barragem de Fratel, Barragem de Belver e Valada) e Zêzere (Barragem de Castelo de Bode). Da observação da Figura I.8 verifica-se que a actividade em 3H varia ao longo do ano para o rio Tejo, com um valor máximo no mês de Agosto em V. Velha de Ródão. Este comportamento é semelhante ao observado em anos anteriores (Madruga et al., 2006, 2007a, 2008 & 2009b) onde é notória a variação de concentração de actividade em 3H ao longo dos meses principalmente em Vila Velha de Ródão. Esta variação está relacionada com a gestão das descargas de efluentes no rio Tejo, da Central Nuclear de Almaraz localizada em Espanha.

Os resultados do programa de 2008 mostraram que, tal como em anos precedentes, não foram detectadas substâncias radioactivas de origem artificial no ambiente em concentrações susceptíveis de causar efeitos nocivos na saúde humana. Deve assinalar-se, no entanto, a excepção do rio Tejo, onde os valores em 3H na água são superiores ao valor do fundo radioactivo mas, apesar disso, sem significado, sob o ponto de vista dos efeitos radiológicos.

Relatório do Ano de 2005

As concentrações medidas para os radionuclidos de origem artificial (137Cs, 90Sr, 3H9 são muito baixas e, frequentemente, abaixo dos valores da actividade mínima detectável , com excepção do rio Tejo onde os valores em 3H indicam contaminação radioactiva, mas pouco significativa do ponto de vista radiológico.

Relatório Minas de Urânio e seus resíduos – Fevereiro de 2007

GRUPO DE COORDENAÇÃO

1.Coordenador Geral - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Observatório Nacional de Saúde;

2. Instituto Tecnológico e Nuclear, Departamento de Protecção Radiológica e Segurança Nuclear;

3. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Centro de Genética Humana

4. Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (anterior IGM) – Laboratório do Porto;

5. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra;

6. Administração Regional de Saúde do Centro, Centro Regional de Saúde Pública do Centro;

7. Hospital de S. Teotónio SA (Viseu), Laboratório de Patologia Clínica;

Projecto Minurar - Conclusões finais e recomendações

Conclusões finais

Radioactividade ambiente

Dos resultados do estudo sobre a radioactividade ambiente pode deduzir-se que as áreas ocupadas pelas escombreiras do tratamento químico do minério e de outras actividades mineiras na freguesia de Canas de Senhorim, contêm materiais francamente radioactivos.

Estas escombreiras constituem uma fonte de radiação que pode originar doses de radiação externa significativas para quem frequente os locais, constituindo também uma fonte de radão e de poeiras radioactivas que se dispersam na atmosfera.

No restante território da freguesia de Canas de Senhorim o risco radiológico é bem menor e é, em muitos parâmetros, comparável ao fundo radioactivo natural determinado em GN2.

As freguesias do grupo GN1, sobretudo Moreira de Rei e Rio de Mel, apresentam também valores mais elevados de alguns parâmetros quando comparados com GN2, o que decorre da existência de escombros mineiros da extracção de urânio.

Distribuição dos metais e de outros contaminantes químicos

Como síntese final desta componente do estudo, pode afirmar-se que a auréola de dispersão dos elementos químicos a partir da escombreira da Mina da Urgeiriça e demais instalações mineiras abandonadas não se manifesta para além dos limites da bacia de drenagem que envolve a linha de água principal local. Contudo, há indicadores claros de que a actividade mineira do urânio na região influenciou o ambiente a tal ponto que se torna visível através de um plano de observação global do território que não foi especificamente projectado para rastreio dos indícios dessa actividade mineira.

Efeitos na saúde da população

Os resultados dos dois estudos apresentados neste Relatório Cientifico II, podem agora ser integrados nos resultados já publicados no Relatório Cientifico I, em Junho de 2005.

Saliente-se que as conclusões finais de “MINURAR” mantêm válidas as que foram descritas no referido Relatório Cientifico I.

Assim, os resultados globais revelaram diferenças em várias funções e parâmetros biológicos, quer na comparação entre a população de Canas de Senhorim (GE) e as populações das 7 freguesias não expostas (GN), quer na comparação de GE com as populações do subgrupo GN2, sendo quase todas no sentido das hipóteses formuladas. Outros parâmetros tiveram diferenças menos relevantes nas comparações GE/GN e GE/GN2. Por outro lado, a maioria das diferenças encontradas em GE/GN1 foi também no sentido das hipóteses, embora em menor extensão.

A exposição da população de Canas de Senhorim à mina da Urgeiriça e à sua Escombreira constitui uma explicação plausível para as diferenças encontradas. Com efeito, não se identificou qualquer outra exposição que pudesse ter causado as diferenças observadas em funções e parâmetros tão diversos.

Relatório de 2005

C. EFEITOS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO

As conclusões referentes aos efeitos na saúde situam-se em dois planos:

C.1 -Diferenças entre a população de Canas de Senhorim e a população de comparação.

Foram encontradas diferenças relevantes entre a população de Canas de Senhorim e a população de comparação.

1. De facto, a população residente na freguesia de Canas de Senhorim (GE), apresentou características e valores laboratoriais compatíveis com uma diminuição de várias das funções estudadas, em relação à população residente no conjunto das 7 freguesias de comparação (GN).

2. Essa diminuição incluiu de forma mais clara a função tiroideia; a função reprodutiva do homem e as séries sanguíneas.

3. Por outro lado, as concentrações de chumbo, cobre e zinco foram também mais elevadas em GE do que em GN Embora com evidência menos forte, os resultados sugerem também que pode haver diminuição da função reprodutiva da mulher e da função renal.

Conclusões quase sobreponíveis às descritas na comparação GE/GN foram obtidas quando a comparação de GE foi feita com o sub-grupo das freguesias sem minas e escombreiras (GN2), o sub-grupo de comparação com características sociais mais próximas de GE.

As comparações GE/GN1 mostraram também um predomínio de resultados favoráveis às hipóteses formuladas embora tenha sido menos evidente do que nas comparações GE/GN e GE/GN2.

C2 - Causas das diferenças encontradas

1. A natureza observacional do estudo realizado não permite indicar, de forma definitiva e inequívoca, qual (ou quais) as exposições ou causas que explicam as diferenças encontradas.

2. No entanto, a exposição prolongada da população residente na freguesia de Canas de Senhorim a níveis de radiação e de metais pesados, em geral superiores aos das populações das restantes freguesias, constitui explicação plausível para essas diferenças.

Com efeito, não se consegue identificar qualquer outra exposição que possa causar efeitos em funções e parâmetros biológicos tão diferentes.

3. Os resultados dos estudos de genotoxicidade e da concentração de 210Po no cabelo, excretado pelo organismo através da incorporação no cabelo, cujas análises estão ainda em curso, deverão contribuir para a obtenção de conclusões mais definitivas

Recomendações

No domínio da intervenção ambiental é recomendado: 1. proceder à requalificação ambiental; 2. garantir que não subsistem riscos inaceitáveis de exposição das populações a radiações ionizantes; 3. assegurar que as soluções de requalificação serão eficazes não só no presente, mas também por um período alargado de tempo; 4. pôr em prática um plano de monitorização radiológica ambiental na zona das antigas explorações de urânio.

No domínio dos efeitos na saúde das populações é recomendado: 1. apreciar a viabilidade de realizar um estudo de cortes retrospectivo para estimar efeitos na mortalidade; e 2. garantir que a vigilância epidemiológica da população geral exposta, que se afigura, de momento, desnecessária possa ser accionada se, no futuro a situação o exigir.

12-04-2010

2ª VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA


2ª Mobilização Cidadãos pelo Tejo

9 de Maio de 2010

Dia T – Tejo

É chegada a hora de Agir!
De proteger o Tejo.
Exigimos um Tejo Vivo!
Água em quantidade e qualidade!
Navegável!
Todos juntos somos proTEJO,
A força que o Tejo precisa!!
Vamos fazer ouvir a nossa voz!
Tragam as vossas canoas a Cedillo/ Montalvão - 9 horas!
Apoia-nos nas Portas de Rodão - 15 horas!
Participem, o Tejo agradece!
Divulguem o cartaz! 

Documentos:

Nota de Imprensa

AZU-Ambiente nas Zonas Uraniferas, obras de requalificação ambiental exigem-se!

AZU-Ambiente nas Zonas Uraniferas
Rua do Cachafal, 3ºBloco 2º Direito
3520-Nelas


Para os:

Ministério do Ambiente

Ministério da Economia

Ministério da Saúde

No território, hoje nacional, desde há milénios que se minera. Do tempo dos fenícios, passando pela romanização passando pela Idade Média até ao processo de industrialização a partir de meados do século XIX.
Pelas terras beirãs, no século XX, começou a ser explorado o rádio e a partir dos anos 50 desse explorado o urânio.
Até aos anos 70, não houve quaisquer protecções ambientais, menosprezaram-se as consequências para a saúde dos trabalhadores e ignoraram-se completamente os impactos na vida das populações, sendo até estimulada a utilização de escombros da mineração nas suas habitações.
A partir do 25 de Abril, com a possibilidade de organização sindical, houve melhorias na higiene e segurança no trabalho, mas continuaram os sucessivos governos a fazer ouvidos de mercador a quem clamava contra os efeitos do radão e dos escombros para a vida e saúde das populações dos territórios minerados.
Com o encerramento da E.N.U. os problemas continuaram.
Por pressão dos ex-trabalhadores organizados, muitas vezes por notícias veiculadas pelos média ou grupos ligados à acção ambiental, iniciou-se alguma reacção, com vista ao controle e recuperação das áreas afectadas por esta actividade industrial.

Por toda a zona beirã, poços continuam à espera de ser adequadamente selados, escombros continuam à espera da melhor solução, antigas minas continuam à espera de recuperação e tratamento dos seus lixiviados.
As populações continuam à espera que lhes sejam disponibilizados meios para poderem regenerar as suas habitações, muitas vezes com concentrações de radioactividade superiores aos limites legais, e os ex-trabalhadores continuam à espera que lhes seja feita justiça.
Agora, que mais um passo é dado no sentido da requalificação desta nossa zona, que saudamos, desde logo, não deixando de mencionar que tal, não é senão um passo do Estado, no sentido de repor as condições ambientais que são exigidas pela Constituição da República, e retribuir às populações afectadas o sangue, o suor, a dor e muitas vezes a morte a que as obrigou, não quer, não pode a Ambiente nas Zonas Uraníferas, Associação de Ambiente (A.Z.U.) deixar de chamar a atenção para o défice ambiental e social a que continuamos constrangidos.
E para a urgência na reposição, pelas autoridades do Estado, das melhores condições de salubridade por toda a faixa uranífera.
Assim vimos lembrar que:

Já quando da inauguração da Barragem Velha, em 4/4/08, a AZU fez a entrega aos Ministérios presentes do documento com as questões por resolver.
Agora, passados dois anos, essas no essencial mantêm-se, ou seja:
- As águas ácidas do Poço de Stª Bárbara continuam sem solução.
- As casas do Bairro Mineiro que estão com valores de radioactividade, continuam sem serem recuperadas.
-A Barragem Nova não esta recuperada e a Ribeira da Pantanha continua a ser poluída, conforme a Revista da Universidade de Aveiro refere segundo o I.T.N.
- As restantes Minas descritas com prioritárias: Cunha Baixa, Quinta do Bispo, Mina da Bica continuam sem serem recuperadas ambientalmente, pondo em risco as comunidades locais.
-Alertávamos também para a necessidade de publicação regular da monitorização dos dados da Barragem Velha, o que não tem vindo a acontecer.

Por tais factos, não pode, pela consciência ecológica e cívica que a move deixar a A.Z.U. de manifestar o nosso desagrado pelas situações acima descritas, neste acto de inauguração da Zona de Valinhos, e expressar o nosso empenho para que as mesmas sejam corrigidas.

A Direcção da A.Z.U.

terça-feira, 2 de Março de 2010

António Minhoto
Cristiano Silva

Torres de Santa María: Concentración contra el cementerio nuclear

Titulo: Concentración contra el cementerio nuclear * Fecha: Sábado 20 de febrero de 2010 * Horario: 11:00 - 13:00 * Lugar: Torres de Santa María.
El sábado 20 de febrero, a las 11:00 de la mañana, en Torre de Santa María, en la dehesa donde se celebra la romería anual, concentración de rechazo a la posibilidad de que el municipio cacereño de Albalá sea el elegido para albergar el cementerio nuclear o ATC (Almacén Temporal Centralizado). La convocatoria, que tiene como lema ’¡Qué no nos entierren!’, esta convocada por ocho colectivos de la zona: Asociación para el Desarrollo Integral de Sierra de Montánchez y Tamuja (Adismonta), la Mancomunidad de Municipios
Sierra de Montánchez, Adenex, Foro Extremeño Antinuclear, Ecologistas en Acción de Extremadura, Asociación de
Senderistas de Almoharín, Asociación de Empresarios Turísticos La Terrona y la Asociación de Casas Rurales Sierra de Montánchez.

A energia nuclear produz resíduos, ninguém está disposto a aceitar esta herança

Cada central nuclear converte, através de fissão nuclear, barras de urânio em resíduos nucleares altamente radioactivos. Estes resíduos colocam em risco a vida humana, devido à sua radioactividade. Por esse motivo, têm de ser protegidos e armazenados fora do alcance de pessoas, animais e plantas durante centenas de milhares de anos. Há cerca de 50 anos que existem centrais nucleares em actividade, no entanto, até hoje não se sabe como se deve armazenar os resíduos nucleares. Não existe em qualquer parte do mundo, um único método para a eliminação segura de resíduos altamente radioactivos produzidos pelas centrais nucleares. Este breve episódio de exploração de energia nuclear deixa-nos – sob a forma de resíduos nucleares - um legado de dimensões histórico-universais. Caso já tivessem existido centrais nucleares no período pré-histórico, ainda hoje estaríamos a vigiar os resíduos nucleares que teriam sido produzidos nessa altura.

Plantas infestantes invadem Tejo no Fratel


Plantas infestantes Azolla e Lemna estão a aparecer nas águas do rio Tejo, na zona da albufeira de Fratel, desde quinta- -feira, mas "não representam qualquer tipo de perigo para a saúde", soube o DN junto da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território.Segundo a mesma fonte, "a situação já está a ser acompanhada" por esta entidade, que mobilizou técnicos para recolherem amostras de água no local. Adiantou que essas amostras foram ontem "entregues para análise no laboratório da ARH do Tejo e no Instituto Superior Técnico, no sentido de identificar as causas do seu aparecimento".
Salienta que "estas plantas existem naturalmente na Península Ibérica, sendo utilizadas como fertilizante azotado, nomeadamente na cultura do arroz e ainda para tratamento de efluentes.
Não representam perigo para a saúde, quer por ingestão ou por contacto directo". A mesma fonte refere que a Administração da Região Hidrográfica do Tejo "vai manter-se em contacto com a Confederación Hidrográfica del Tajo, dado que a ocorrência foi detectada inicialmente na albufeira espanhola de Cedillo".

23.01.2010

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Interior.aspx?content_id=1476792