Reunião do Movimento Urânio em Nisa! Não.


A reunião teve lugar na Sociedade Artística Nizense, em Nisa, e teve início quando poucos minutos passavam das 17:00H. Como o movimento foi um acontecimento espontâneo, sem organização, houve que se fazer uma reunião para começar a resolver situações que estavam pendentes e outras recentemente surgidas, tais como a atribuição do prémio“Nuclear-Free Future Award” no valor de dez mil dólares, ceder o filme para sensibilizar a população escolar, entre outras.

Convocatória, prémio “Nuclear-Free Future Award"

CONVOCATÓRIA

Pela presente, convidam-se todos os subscritores e apoiantes do MUNN (Movimento Urânio em Nisa! Não), a participarem numa reunião, a ter lugar no dia 18 de Novembro (domingo), pelas 17:00H, no salão da Sociedade Artística Nisense, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Análise sobre a atribuição do prémio “Nuclear-Free Future Award” e decisão sobre a sua aplicação.
2. Actividades do MUNN e futuras iniciativas.
3. Diversos

Nisa, 9 de Novembro de 2012
Pelo Movimento,
Paulo Bagulho
José Maria Moura 

 

MUNN distinguido com prémio internacional



O Movimento Urânio em Nisa, Não! (MUNN) e Gabriela Tsukamoto, presidente da Câmara Municipal de Nisa, foram distinguidos com “Nuclear-Free Future Award” de 2012, um prémio internacional atribuído a ativistas, personalidades ou instituições que se tenham distinguido na luta por um mundo sem o desenvolvimento da energia nuclear, em qualquer das suas componentes, e que em alternativa se tenham empenhado pela cidadania e sustentabilidade.


Uranium Films Festival depois do Rio+20


Seis dias após o Rio+20, decorrerá o 2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear. De 28 de junho a 14 de julho na Cinemateca do Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
A cerimónia de abertura será no dia 29.6 ás 16:00H.
Foram selecionados mais de 40 filmes, vindos de todos os continentes. Falam sobre os mais diversos assuntos do mundo nuclear, de Einstein até Fukushima.

Da programação consta a passagem de dois filmes portugueses:
“Urânio em Nisa Não”
Nisa, uma linda vila ao norte do Alentejo. Manifestam-se cidadãos contra a ameaça da exploração de urânio, antes que ela se viesse a concretizar.
O documentário também lembra a participação de Portugal na história do nuclear.
Brasil/Alemanha, 2012, 35min, Português. Direção: Norbert G. Suchanek, Produção: Marcia Gomes, Première América Latina.

“O Mal da Mina”
Exploração de urânio em Portugal: reportagem que retrata o grave problema da saúde da população da Urgeiriça e de toda a zona de Viseu. Em causa estão inúmeros casos de pessoas que adoeceram e outras que morreram vitimas de cancro.
Portugal, 2012, 29min, Português. Direção: Mafalda Gameiro.
Produção: Radiotelevisão Portuguesa - RTP

A exibição destes filmes será no dia 4 de julho, quarta-feira ás 16:00H como pode ler-se aqui:

FERREL DISSE NÃO AO NUCLEAR HÁ 36 ANOS


Faz 36 anos nesta quinta-feira, 15 de Março, que o povo de Ferrel se manifestou e parou a os trabalhos para a construção da central nuclear projetada para esse território.

A fim de marcar essa data decorre na quarta-feira, dia 14, numa sessão que vai contar com a presença dos presidentes da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, e da Junta de Freguesia de Ferrel, Silvino João.

Nesta estarão ainda presentes António Eloy, ambientalista e especialista na área da Energias em Portugal e José Luís de Almeida Silva, diretor da Gazeta das Caldas, que organizou em 1978 o Festival Pela Vida e Contra o Nuclear.

Estes tiveram também um papel ativo nos acontecimentos de Ferrel e que levaram primeiro ao levantamento dos populares e depois à manifestação nacional que protestaram contra a ameaça da instalação duma primeira central nuclear em Portugal.

Desta comemoração faz parte o International Uranium Film Festival que acontece pelo segundo ano consecutivo no Brasil, sendo esta uma extensão do festival de filmes sobre energia nuclear em Portugal.

Na iniciativa poderão ser vistos os filmes “Urânio em Nisa Não!”, o documentário norte-americano “Yellowcake” e Pedra Podre, que retrata as centrais nucleares do Brasil.

102fm-radio Peniche

Fukushima: a crise que não termina


Um ano depois da tragédia, o entulho ainda se acumula, não há reconstrução, o perigo nuclear persiste. E novas revelações mostram que nos dias seguintes à catástrofe a situação esteve mesmo fora de controlo.

Desde que ocorreu a tragédia do 11 de marco, o terremoto seguido de tsunami, no ano passado, foram publicadas uma grande quantidade de reportagens. Mas ainda continuam a aparecer factos novos ou obscuros sobre o que aconteceu naqueles dias e as suas consequências.

Entulho ainda amontoado

O número de mortos foi de 15.645 e os desaparecidos 4.984, totalizando 20.629. Desses, 1.046 tinham 19 anos ou menos, entre mortos e desaparecidos. Não resta duvida que a dor da tragédia é profunda e não há como eliminá-la em tão pouco tempo.

O avassalador tsunami destruiu algo em torno de 500 quilómetros de costa. Desde então, não se conseguiu sequer resolver o problema dos 22,53 milhões de toneladas de entulho e lixo gerados na ocasião. O entulho amontoado formam montanhas e, em Ishinomaki, na provincial de Miyagi, têm forma piramidal. É a mais concreta demonstração da calamidade ocorrida. Uma outra parte dos escombros flutua no oceano Pacífico em direção aos EUA, devendo chegar à costa americana em 2016.

As províncias afetadas estão a lutar para que as demais províncias do arquipélago colaborem para incinerar o lixo produzido, mas, com a falta de credibilidade que tomou conta do país, ninguém acredita que esse lixo esteja isento de radiação prejudicial e, por isso, a resistência a colaborar é enorme.

Na região de Touhoku, o nordeste japonês, milhares de famílias abandonaram a área, e, nas três mais atingidas províncias, Iwate, Miyagi e Fukushima, esse numero ultrapassou mais de 41 mil moradores. A costa atingida virou uma área deserta e a propagada “reconstrução” ainda não deu mostras de que, realmente, ira ocorrer. As escolas, com poucos alunos, estão com dificuldades de voltar a funcionar. Hospitais e comércio continuam praticamente existentes em varias localidades. É uma situação muito distinta de quando ocorreu o terremoto de Kobe e a cidade foi rapidamente reconstruída.

Com a destruição e, sem reconstrução, milhares de pessoas estão impossibilitadas de voltar a trabalhar na área afetada. Dos cerca de 27 mil negócios comerciais e industriais, cerca de 6 mil decidiram interromper temporariamente ou definitivamente as suas atividades.

573 mortos pela crise nuclear

O tsunami de 21 metros que atingiu Fukushima provocou uma das maiores tragédias nucleares da história. Mas é preciso delimitar a responsabilidade humana na tragédia e atual crise nuclear.

Passado um ano, sabemos algumas coisas, mas, muito provavelmente, nunca saberemos realmente o que ocorreu naquele dia e nos posteriores que se seguiram à tragédia. Ao contrário do que se afirmava na época, tanto o governo quanto a TEPCO, operadora da central nuclear, hoje sabemos que houve meltdown (derretimento) em 3 dos 6 reatores da usina. Tanto a TEPCO quanto o governo, desde o acidente, contaram tantas mentiras que, hoje, a palavra credibilidade na sociedade japonesa pode ser, inclusive, retirada do dicionário. Ninguém acredita mais em nada.

Dias atrás, ficamos a saber também que, no auge da crise, a direção da TEPCO ameaçou abandonar a central nuclear à própria sorte e, se isso tivesse ocorrido, teria colocado em risco milhões de pessoas, num verdadeiro salve-se quem puder. Mas, enquanto essa grave situação se desenrolava, o governo afirmava, cinicamente, que a situação estava sob controlo! Um cinismo decorrente do desespero no momento em que a situação estava completamente fora do controlo.

Radioatividade continua a seruma ameaça

Sabemos também que, devido ao meltdown, foi lançada, no meio ambiente, uma grande quantidade de radioatividade Mas, também nesse caso, ninguém tem garantia de que a quantidade divulgada seja verdadeira. Sabemos que a radioatividade viajou, pelo ar, dezenas de quilómetros, centenas e até alguns milhares. Tanto a TEPCO quanto o governo alegam que essa radioatividade não foi e não é prejudicial à saúde, excetuando-se a zona proibida num raio de 20 km em volta da central. Sabemos que a TEPCO, autorizada pelo governo do então primeiro-ministro Naoto Kan, lançou uma grande quantidade de água contaminada pela radiação no oceano Pacifico. Não apenas lançou como promete lançar mais ainda durante este mês. As consequências ambientais dessa desesperada e irresponsável medida só poderão ser verificadas em vários anos, através de pesquisas cientificas.

A radioatividade arrasou a agricultura e a criação de animais local. Existe uma forte rejeição por produtos da região de Fukushima. Nesse ultimo ano, várias vezes foram detetadas um alto nível de radioatividade no arroz produzido nessa província, mesmo após o governo ter declarado que era seguro.

A minhoca atómica

Pesquisas recentes demonstraram que minhocas coletadas no vilarejo de Kawauchi, próxima a Fukushima 1, apresentaram uma grande quantidade de cesium. Um nível elevado. Como vários animais e pássaros se alimentam de minhocas, os pesquisadores dizem que a contaminação irá passar para outros animais através da cadeia alimentar. Fukushima já havia produzido a vaca atómica, o javali atómico, e agora temos a minhoca atómica, mas, seguramente, novas espécies serão integradas à lista.

Crise arrasou a vida da população local

Até o momento, segundo dados de fevereiro, o governo reconheceu que 573 pessoas morreram devido ao desastre nuclear. Mas é um numero que irá ainda crescer. O governo emite um certificado que é o reconhecimento de que a pessoa morreu não por causas diretas, mas indiretas, como fadiga ou agravamento de doenças crónicas devido ao desastre. Nada menos que 748 já registaram seu pedido de reconhecimento, mas vários casos ainda não tiveram resposta. Se a pessoa morta era um arrimo de família, uma quantia de condolência de 5 milhões de ienes é paga para a família. Uma bagatela no que se refere ao Japão.

Cerca de 25 mil pessoas serão impossibilitadas de voltar aos seus lares, na zona de entrada proibida, por pelo menos 5 anos. Mas sabemos que também pode ser por varias décadas. O que, para os idosos, significa nunca mais.

Os animais domésticos foram abandonados à própria sorte e muitos deles se tornaram selvagens e arredios ao contacto humano. Mais de 300 cães e gatos estão em abrigos, sem que os seus antigos donos possam resgatá-los por não terem como mantê-los nas moradias provisórias.

Não deixa de ser impressionante que, mesmo com cerca de 600 mortos devido ao desastre, nenhum executivo da TEPCO tenha ido para a prisão e a responsabilidade por essas mortes e todo o transtorno social, que não se restringe apenas a Fukushima, permaneça na impunidade.

Crise nuclear longe do controlo

O governo e a TEPCO declararam, no final do ano passado, que se havia chegado ao controle da situação, já que os reatores estavam estabilizados. Mas o que não foi alardeado é que, para se manter essa situação de controlo aparente é necessário injetar água continuamente nos reatores para manter a temperatura em torno de 100 graus centígrados. E não disse também que isso terá de continuar não se sabe por quantos anos, gerando uma quantidade colossal de água radioativa que não tem onde ser armazenada.

Durante o ano que passou, fortes terremotos têm ocorrido sistematicamente na região da central nuclear. Não há nenhuma lei que impeça que um terremoto atinja diretamente a central ou suas proximidades. É mais que evidente que a estrutura da central está bastante abalada e não há nenhuma garantia de que possa resistir caso um forte terremoto provoque uma nova tragédia. O que será feito nos próximos anos para amenizar essa situação? Essa resposta ninguém sabe.

Crise nuclear acirra crise capitalista

A crise nuclear gerou um forte repúdio na pacata população japonesa. Ninguém quer uma central nuclear a funcionar próximo da sua moradia. Essa situação, onde a maioria dos reatores nucleares estão desativados, criou uma profunda crise energética. Durante o verão passado e este inverno, o consumo de energia nos momentos de pico chegou próximo ao colapso, e, em algumas áreas, chegou aos 97% de utilização. Essa situação estrangula o país, já que as empresas não podem fazer nenhum plano de expansão interna e com a ameaça de aumento das tarifas elétricas muitas estão optando por sair fora do arquipélago.

Junto com a alta do iene, a crise energética é um dos fatores a contribuir para que a economia japonesa continue a afundar-se. Devido ao papel que o Japão ocupa no sistema capitalista, a crise japonesa apenas ajuda a acirrar a crise capitalista que a cada dia é mais aguda.

TOMI MORI esquerda.net 11.03.12

Solidariedade com Paca Blanco e a sua luta

Informados dos dramáticos eventos (*) que têm atingido a activista Paca Blanco, bem conhecida de muitos de nós pelo seu envolvimento na luta pelo encerramento de Almaraz, luta pela protecção dos recursos do Tejo, e manutenção dos espaços em condições de sustentabilidade social e usufruto ecológico, vem os abaixo assinados manifestar por este meio a sua solidariedade pessoal, independentemente de outros envolvimentos que venham a desenvolver, e desta dar informação aos órgãos de comunicação social nacionais e do Estado espanhol.

É intolerável que a infracção da lei seja paralela ao ataque pessoal e espezinhamento dos direitos individuais de cidadania, num Estado democrático de Direito.

António Eloy, coordenador G.E.M., e deste documento (tel. 919289390)
António Regedor, docente Universitário/ecologista
António Serzedelo Presidente Opus Gay
Carlos Pimenta, ex secretario Estado do Ambiente
Emília Araújo, economista/direcção FAPAS
Helena Roseta, arquitecta, vereadora da CML
José Carlos Costa Marques, Presidente da Campo Aberto
José Janela, professor/presidente núcleo Quercus Portalegre
José Luiz Almeida Silva, director da Gazeta das Caldas
José Maria Moura, direcção do Movimento Urânio em Nisa Não
Luís Silva, engenheiro/activista conservação energia
Maria Teresa Nogueira, Coordenadora do G.T. sobre a China da Amnistia Internacional-Portugal
Miguel Duarte, Presidente do Movimento Liberal Social
Nuno Nabais, docente Universitário/Director da Fábrica de Braço de Prata
Nuno Quental, gestor de apoio a projectos (U.E.)
Nuno Sequeira, Presidente Quercus
Paulo Constantino, porta–voz do proTejo – Movimento pelo Tejo
Paulo Bagulho, empresário da restauração/ direcção do M.U.N.N.
Paulo Trancoso, produtor cinema/ecologista
Paulo Talhadas Santos, presidente FAPAS
Rui Cunha, empresário de Imagem e Comunicação
Serafim Riem, empresário de arboricultura
Vítor Nogueira, economista/activista direitos humanos
Zé Justino, docente Universitária/activista dos direitos humanos

(*)

http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/extremadura/la-ecologista-paca-blanco-cede-ante-acoso_555666.html

http://www.elpais.com/fotografia/sociedad/Paca/Blanco/elpepisoc/20110319elpepisoc_5/Ies/

e sobretudo aqui:
http://signos.blogspot.com/search/label/Paca%20Blanco
e aqui:
http://www.ecologistasenaccion.org/article22142.html

CENTRAL NUCLEAR DE FUKUSHIMA - DAICHI


20110911 原発攻防180日の真実 故郷はなぜ奪われ... por PMG5

Concentração em Almaraz

Solidariedade portuguesa com Paca Blanco e a sua luta

Informados dos dramáticos eventos (*) que têm atingido a activista Paca Blanco, bem conhecida pelo seu envolvimento na luta pela protecção dos recursos do Tejo, pelo encerramento de Almaraz, e manutenção dos espaços em condições de sustentabilidade social e usufruto ecológico, vimos manifestar por este meio a nossa solidariedade e desta dar informação aos órgãos de comunicação social nacionais e do Estado espanhol.
É intolerável que a infracção da lei seja paralela ao ataque pessoal e espezinhamento dos direitos individuais de cidadania, num Estado democrático de Direito.
Denunciaremos estes actos até que a voz nos doa!

(*)


Edição do Uranium Festival em Peniche

Segue-se a edição da mostra de filmes agora em Peniche, no dia 14 de Março ás 15:30H. Os directores do festival Marcia Gomes de Oliveira e Norbert Suchanek continuam em Portugal, na região de Nisa.
Iremos, com os directores brasileiros, que estarão no nosso país até ao fim do mês analisar os resultados deste Festival, as candidaturas nacionais ao prémio: Nuclear Free Future Award, e o seu impacto na política local e nacional e a possibilidade de ter um Arquivo Amarelo em Portugal, para difundir na Lusofonia informação sobre o ciclo da nuclear.

Informação, aos orgãos de comunicação social, às ONGAs, a todos os interessados

Num momento em que os promotores da energia nuclear, lançam mais um manifesto a favor dessa energia e sobretudo contra o desenvolvimento sustentável da nossa economia e das energias renováveis nesta,

Num momento, hoje mesmo, em que mais uma central (sabe-se lá com que prejuízos e custos) na Califórnia tem que parar por grave fuga no sistema de refrigeração,

ainda sem informação sobre as suas consequências, que poderiam levar à evacuação de uma população igual à de Portugal continental, cerca de 9 milhões de habitantes:

http://www.commondreams.org/headline/2012/01/31-7

Vamos organizar novas extensões do 1º Festival de filmes sobre energia nuclear, em Lisboa e Nisa, já a partir da próxima semana.

Em Março teremos uma outra em Peniche, que informaremos atempadamente:

http://www.uraniumfilmfestival.org/

Agora em Lisboa:

http://www.bracodeprata.net/cinema.shtml

e em Nisa:

http://jornaldenisa.blogspot.com/2012/01/nisa-festival-de-cinema-uranio-em.html

Teremos connosco os realizadores do documentário #Urânio em Nisa Não# e promotores do festival:

Norbert G. Suchanek e Marcia Gomes de Oliveira, a convite da organização nacional.

Durante a estadia darão andamento ao projecto de documentário sobre o “enterramento da nuclear nacional em Ferrel e o desenvolvimento de alternativas locais, económicas, sociais e energéticas”, com a colaboração logística de responsáveis autárquicos locais.

No dia 8 de Fevereiro, 4ª feira, pelas 18 horas estarei com eles, na Fábrica do Braço de Prata, para tertúlia/ conversa com jornalistas, membros de ONGAs ou público em geral, sobre o Festival, a sua continuidade, o seu trabalho, e também obviamente estarei pessoalmente disponível para comentar situação mencionada da nossa política energética (esta semana, após crónica na Rádio Montemuro, sairá texto meu na GAZETA DAS CALDAS).

Estou disponível para, no caso de vosso interesse (ONGAs ou Orgãos de Comunicação), no quadro das disponibildades dos nossos convidados, e mediante contacto, fazer algum agendamento do vosso interesse.

Desde já esperando a vossa presença e divulgação deste importante evento.

António Eloy

Lisboa 1 de Fevereiro de 2012

Festival de filmes sobre energia nuclear

Extensão do International Uranium Film Festival em Nisa.
Programa dois dias, Domingo 12 e Segunda-Feira 13 de Fevereiro de 2012.
Na Segunda-Feira sessão é mais dirigida ao ensino.
Depois dos filmes haverá debate com a presença dos realizadores e especialistas.
O Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear e Urânio (International Uranium Film Festival) é o único festival de filmes independentes, especializado na temática nuclear, abordando todos os seus aspectos: questão filosófica sobre tecnologia, exploração de urânio e de minérios associados, centrais nucleares, armas e munições, navios nucleares, equipamentos e tratamentos médicos, radiação de alimentos, radioatividade, transporte e armazenamento de lixo radioativo. É um festival educativo sobre os riscos nucleares mundial.

Sessão Pública "Efeitos na saúde dos trabalhadores da exploração de urânio em Portugal"


No dia 2 de Fevereiro pelas 20:30, a ATMU "Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio organiza com o apoio da União dos Sindicatos de Viseu uma sessão Pública. Efeitos na saúde dos trabalhadores das minas em Portugal quando expostos à radiação. O evento terá lugar na "Casa do Pessoal" da Urgeiriça (Nelas).

Com destaque para dois pontos:
2. Causas e efeitos na saúde dos Trabalhadores das minas de urânio, Prof Dr. Pinto da Costa médico legista, Prof jubilado da Faculdade de Medicina do Porto; Prof. psicologia forense, neuropsicopatologia, psicofarmacologia e criminologia da Universidade do Porto.
3. O direito à indemnização dos familiares dos ex-trabalhadores das minas de urânio falecidos com neoplasias malignas, Dr. António Marinho Pinto Advogado, Bastonário da Ordem dos Advogados, Jornalista.

Festival de Cinema *International Uranium Film Festival*



Na Fábrica do Braço de Prata, ver programação em baixo...


No Porto (no auditório do Grupo Musical de Miragaia) realizou-se a 24 fotogramas por segundo e com momentos de boa conversa e debate a 1ª extensão em Portugal do http://www.uraniumfilmfestival.org/
E embora no Norte já nos tenhamos empenhado, com gentes e as populações contra a projectada central termo-nuclear de Sayago, cancelada!, e o depósito de resíduos radioactivos em Aldeadávila, com acções contra o governo espanhol, mobilizações locais e queixas à então C.E.E., e embora mobilizações em que também nos empenhámos (com co-autoria de relatório dos Friends Of the Earth International na London Dumping Convention) contra os vertidos nucleares nas fossas atlânticas, também tenham partido barcos de protesto de portos do norte em protesto, a mobilização restringiu-se aos activistas e dirigentes das ONGAS do norte (muito poucos) e alguns especialistas de energia, apoiantes ou não da opção nuclear.



E agora no sul, em Lisboa, na Fábrica Braço de Prata, e com sessões, com apoio dos eleitos locais, em Peniche, local da outrora projectada central portuguesa, e Nisa, zona com urânio e por tal ameaçada, iremos continuar o tempo.



E iremos discutir as questões da energia, produção e uso, mas também as centrais nucleares, as espanholas (sobretudo Almaraz) que nos colocam riscos e que controlamos de balde (é de balde que é recolhida mensalmente!, a água do Tejo para análise), ou os ventos, não aqueles para produzir energia que apoiamos, mas os que nos trazem resíduos da longínqua central de Fukushima como à anos trouxeram de Chernobyl.



A produção electro-nuclear e todo o seu ciclo serão vistos e discutidos durante os três dias (9/10/11 de Fevereiro pelas 21 horas, em Lisboa e em datas a anunciar os outros locais).



Hoje quero lembrar quatro momentos em que me envolvi e que marcam o tempo da luta.



a)No inicio dos anos 80 em Viseu denunciei os malefícios da mineração de urânio numa conferencia. Só a presença de um deputado da A.D. (Luís Coimbra, do P.P.M.) me salvou de ser linchado por sindicalistas mineiros enfurecidos. Passados quase 30 anos tive ocasião de acompanhá-los, na sua justa luta por compensações adequadas e recuperação das terras degradadas, liderados pelo António Minhoto (da Comissão Ex-trabalhadores).



A mineração de urânio é causadora de inúmeros e graves problemas na saúde dos trabalhadores e populações e deixa um registo de crueldade e degradação nas terras onde passa.



Estive em Nisa no inicio dos anos 90, quando se fizeram tentativas de mineração local de urânio, na altura na direcção do FAPAS produzi relatório contrário ao parecer do então presidente da Câmara. Mantenho o conteúdo do mesmo reforçado pelo tempo e hoje é com satisfação que um movimento cívico (MUNN) e a Presidente Gabriela Tsukamoto se opõem a esta indústria e desenvolvem projectos de sustentabilidade para o concelho. Outras ameaças se projectam para a vizinhança...



b) Na tomada de posse de governo presidido por Mário Soares, com membros da associação AMIGOS da Terra(FOEI) invadimos o espaço parlamentar para protestar contra a opção nuclear do governo, e passámos 6 ou 7 horas em detenção na esquadra do Parlamento (já se tinha desistido de Ferrel onde enterrámos energias e com o António José Correia, actual Presidente de Peniche, estivemos na 1ª linha da oposição com articulação com a Gazeta das Caldas, e o José Luís, e a referência, entre outras, de Delgado Domingues). Viria na qualidade de membro do grupo Consultivo e de apoio ao Plano Energético Nacional, em articulação, subliminar, com o então secretario de Estado do Ambiente, Carlos Pimenta, e outros, desenvolver empenho, técnico, energético mas muito, muito político para contrariar as rasteiras e perversidades (e ouso mesmo referir aldrabices!) que pela mão de diversos ministros procuravam instalar em Portugal 6 a 9 nucleares até... o ano 2000!



A nuclear hoje continua, felizmente em Portugal, e em breve globalmente a ser uma má miragem.



c) Tive empenhos, em questões parlamentares e artigos nos jornais de denunciar a situação (infelizmente até hoje não estudada) da exposição das nossas, e das outras forças de intervenção em cenários de guerra aos efeitos da exposição às bombas enriquecidas de urânio. Até hoje sobre esse só temos o que sabemos ser característica de Prudência. Num Estado de Direito os militares e as populações devem ser informados.



d) Não quero deixar de mencionar, o que hoje é um risco em alastramento, as armas nucleares. Nos anos 80 também estive detido algumas horas em Pankov, na ex-R.D.A. numa acção não violenta com alguns companheiros exigimos o desarmamento nuclear unilateral e direitos políticos. Vivíamos nos tempos da guerra gelada e fomos expulsos depois de uma tarde muito fria na esquadra.



Muitas histórias sobre a nuclear, todo o ciclo de urânio se podem contar, e espero que os nossos netos as ouçam como relíquias de um tempo insensato e de dispilfário. Nos anos 80 editei e escrevi parte substancial do livro (hoje uma raridade) “Antes, durante e depois de Chernobyl, o Nuclear no Mundo e em Portugal”, edição dos extintos Amigos da Terra. Desde essa altura tenho continuado a escrever e intervir em todas as áreas do social.



Hoje vivemos momentos complexos e delicados. Na economia, na sociedade, no ambiente.



Ver, discutir, produzir pensamento, optar é um imperativo cívico.



Esta extensão do Festival, para a qual a Márcia Gomes de Oliveira e Norbert Suchanek me atribuíram a responsabilidade e, posso dizer a honra, de coordenar é um momento para o futuro.



O tempo o dirá!



Programação Geral

9 de Fevereiro, 21 horas

A bomba suja do Pentágono, Urânio 238 – Pablo Ortega
Césio 137. O Brilho da Morte - Luiz Eduardo Jorge
Urânio em Nisa Não - Norbert G. Suchanek

10 Fevereiro, 21 horas

YellowCake- Brock Williams
A sede do Urânio por água - Norbert G. Suchanek & Marcia Gomes Oliveira
Pedra Podre - Eva Lise Silva, Ligia Girão, Stela Grisotti




11 Fevereiro, 21 horas

Yellow Cake, a Mantira da Energia Limpa- Joachim Tschirner


Após cada sessão haverá debates com realizadores, especialistas e membros de associações de Ambiente, sendo que os realizadores e os nossos convidados na Extensão realizada no Porto terão prioridade de intervenção nesses.



António Eloy
Coordenador nacional do
1st International Uranium Film Festival